Era nosso último dia de viagem e à noite sairia nosso voo de volta para o Brasil. No roteiro original, tínhamos dois objetivos programados, o Museu de História Natural e o Museu Metropolitano. Ambos estavam incluídos no CityPASS, portanto já pagos. A ideia era fazer o passeio por um, atravessar o Central Park, e ir no outro, já que eles ficam praticamente na mesma altura em lados opostos do Central Park. Depois voltaríamos para o Milford Plaza para pegar as malas e o Super Shuttle que nos levaria para o aeroporto e já estava agendado para 17:30. Tudo planejado? Mas os imprevistos acontecem e mais uma vez é o momento de ter flexibilidade e ajustar os planejamentos.
Resolvemos fazer o check-out do hotel para não sermos cobrados por mais uma diária. Acordamos cedo para agilizar tudo, as malas já estavam prontas, todos arrumados, mas o hotel estava muito movimentado e o processo de check-out não foi dos mais rápidos. Ainda tínhamos que descer toda a bagagem (que era muita) e deixar no guarda-volumes do hotel. Solicitamos ajuda para descer as malas, esperamos, esperamos, esperamos, e nada. Acabamos tendo que nos virar sozinhos. Isso também levou um bom tempo e ainda tinham as crianças para ficar de olho. O Milford guarda as malas, mas cobra uma taxa por volume deixado. Quando finalmente o check-out estava finalizado e as malas devidamente identificadas e guardadas, já eram mais de 11 horas da manhã. Não daria tempo de ir nos dois museus e tivemos que optar por um. Ficamos naquele conflito, até porque já tínhamos visitado o Museu de História Natural de Washington e pensamos em ir ao Met. Mas priorizando as crianças, e optamos mesmo pelo Americam Museum of Natural History e foi a melhor coisa que fizemos no sentido de que os meninos se divertiram muito. Entretanto, como não podia deixar de ser, estava LOTADO! E foi um verdadeiro jogo de paciência.
Fomos de metrô, a partir do Port Authority, linha C, até Museu de História Natural na 81st Street. Tem uma entrada para o museu direto pelo subsolo na saída do metrô. Só que a fila era tão monstruosa que nem conseguíamos identificar onde terminava. Tínhamos o CityPASS (os adultos), porém, no AMNH, criança paga entrada a partir de 2 anos. O preço da admissão geral do museu é sugerido (sem o planetário ou IMAX, que é cobrado uma taxa fixa). Era tanta gente, mas tanta gente naquele lugar, que não fizeram questão alguma da entrada dos meus filhos. Entretanto, acabamos não visitando o Rose Center nem fomos no Hayden Planetarium, que estava reservando horário e só havia disponível para depois das 16h. Na verdade, esse passeio foi mais para dizer que fomos, mas sem dúvida precisaremos voltar para conhecer com calma e sem tanta muvuca.
O AMNH é enorme, ocupando 4 quarteirões. Fundado em 1869, ele possui mais de 30 milhões de espécies e artefatos em 45 salões de exposições permanentes. Ocorrem também exposições temporárias que exploram assuntos culturais e científicos contemporâneos. Além disso, o museu atua no campo de pesquisas científicas, buscando a compreensão das culturas humanas, da natureza e do universo; e no campo da educação, divulgando informações de assuntos científicos para adultos e crianças (fonte: site do AMNH, link).
O setor que mais fez sucesso com os meninos foi o dos dinossauros. Não saberei descrever qual foi o percurso exato que fizemos, e sequer conseguimos visitar o museu todo, simplesmente porque eu mal conseguia me localizar ali dentro. Éramos meio que levados pelo fluxo de pessoas e resolvemos curtir do jeito que desse.
O museu tem 5 andares. O andar do subsolo é o que tem a entrada direto pela estação do metrô. Nesse nível, fica a praça de alimentação e o Salão do Universo. No primeiro andar, dentre todos os salões, os que mais gostamos foram: o dos mamíferos da América do Norte, que é impressionante o trabalho feito no habitat desses animais e a pintura de fundo, que é uma verdadeira obra de arte dando uma tremenda sensação de profundidade como se víssemos o horizonte; o da vida marinha, com as enormes baleias; e o salão dos meteoritos. Os meninos também gostaram bastante da parte dos indígenas e da evolução humana. É também nesse andar que fica a sala do cinema IMAX.
Já no segundo andar, vimos os mamíferos africanos e os mamíferos asiáticos com a mesma perfeição de ambientação já citada, e as diferentes características dos povos asiáticos, africanos, da América Central e da América do Sul. Nesse andar, o que mais chamou atenção das crianças foi a parte das aves mamíferas. É nesse andar que fica o Hayden Big Bang Theater, que é um teatro bem diferente onde as pessoas precisam olhar para baixo para um tela côncava onde passa uma apresentação sobre o Big Bang. Infelizmente, nós não conseguimos assistir.
No terceiro andar, temos mais de mamíferos africanos, mas a diversão das crianças foi no salão dos primatas. Nesse andar também encontramos exposição de pássaros, povos indígenas, répteis e anfíbios.
O quarto e último andar é exatamente pelo qual recomendo começar a visita, pois é onde estão os dinossauros que a garotada adora.
Resumindo, é um passeio maravilhoso para fazer com criança em New York. Meus filhos se divertiram muito, brincaram e aprenderam. Dá para ficar facilmente um dia inteiro ali dentro, pois mal vimos as horas passarem e ainda deixamos de visitar muitas coisas ou passamos rápido por outras. Saímos do museu já mais de 15h e nem havíamos almoçado. Logo atrás do AMNH, na esquina da Columbus Ave com a 77th Street, tem uma Shack Shake, e fomos comer algo antes de voltar para o hotel. Foi o tempo certinho de pegar as malas e o Super Shuttle chegar para nos levar ao aeroporto. Era o fim dessa inesquecível viagem em família.
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