Fechamos nossos passeios dessa viagem com uma empresa de Lima chamada Peruvian Tours (existem muitas outras em Lima, mas gostamos dessa). Nos buscaram na rodoviária e nos levaram para o hotel no dia em que chegamos a Paracas. No dia seguinte, estavam no hotel no horário marcado, às 7:40 da manhã, para nos levar ao embarque para as Islas Ballestas.
Como havíamos fechado o pacote todo em Lima e já estava tudo pago, não tivemos que nos preocupar com ingressos, mas como informação o ticket para o tour pelas Islas Ballestas, mais a entrada ao Parque Nacional de Paracas, custa 15 soles adulto e 3 soles criança. Paga-se ainda uma taxa de 2 soles para o acesso ao cais onde é feito o embarque em um dos inúmeros barcos que seguem para as Islas Ballestas.
Os barcos são na verdade lanchas, portanto descobertas. Dessa forma, se for inverno, é importante estar bem agasalhado, pois o vento frio castiga. No verão (embora no inverno também seja importante) não se pode esquecer o protetor solar.
Os barcos comportam cerca de 30 pessoas e cada uma precisa estar usando seu colete salva-vidas (existem uns menores apropriados para as crianças). Um guia vai passando as informações, mas não dava para escutar muito bem por causa do barulho do vento.
Seguimos pela baía da península de Paracas, que possui 17 km, até as Islas Ballestas, num percurso que dura cerca de 30 minutos.
No caminho, avistamos o Candelabro, um desenho cravado três metros na rocha de calcário e que possui uma altura de 150 metros por 75 de largura. Existem algumas teorias sobre o surgimento do Candelabro. Uma delas, que teria sido feito pelo povo Paracas, de um período a.C. Outra teoria data o Candelabro de 1458, quando piratas teriam escondido ouro naquele local, marcando o ponto em que os tesouros estariam enterrados. E a teoria mais aceita é que data de 1820 e o relaciona com a passagem do general San Martin por essa região por ocasião da independência do Peru.
Quando avistamos as Islas Ballestas já conseguimos entender porque são consideradas “las pequeñas Galápagos“. Uma enorme quantidade de pássaros habita as ilhas onde vários arcos naturais foram escavados pela erosão da água e do vento. A imagem resultante é impressionante.
O barco circula as ilhas, e até passa dentro de uma das grutas, mas não é permitido desembarcar (ainda bem, assim a natureza se mantém longe dos dedos do homem).
Além das mais de 160 espécies de aves, que incluem os mergulhões peruanos, pelicanos e outras aves migratórias, encontramos pinguins e leões marinhos.
Os pássaros produzem bastante excremento (o que deixa o local com um cheirinho não muito agradável) e esse guano, que é rico em minerais, é usado como fertilizante.
Os desenhos que os pássaros fazem no céu são hipnotizantes.
No retorno, ainda recebemos a visita dos golfinhos que nadavam entre os barcos.
O passeio todo dura em torno de 2 horas, e é uma experiência única e inesquecível.
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