Já estávamos deslumbrados com a capital da província de Québec enquanto conhecíamos a parte alta da cidade murada, a Haute-Ville, mas nem tínhamos ideia do que ainda nos aguardava quando pegamos o funiculaire no Terrasse Dufferin e fomos transportados para a parte mais antiga de Québec: a Basse-Ville, ou Cidade Baixa.
O funiculaire é mais que um simples meio de transporte para poupar nossas pernas dos vários degraus da Escalier Casse-Cou, e ouso dizer que qualquer turista em Québec está proibido de perder a experiência de fazer ao menos um dos trechos de funiculaire. Nós descemos pelo bondinho e subimos de escada, mas como para baixo todo santo ajuda fica a dica de fazer o contrário e deixar a subida como prêmio de folga para os já exaustos pés.
O custo da rápida viagem nesta espécie de bondinho vertical, que percorre um trilho com 45 graus de inclinação, é de 2.23$ por pessoa (por trecho). Ele funciona todos os dias das 7:30 às 23h.
A entrada inferior do funiculaire se localiza dentro do Maison Louis-Jolliet, na encantadora rua Petit-Champlain, ao lado da Escalier Casse-Cou, (cujo nome de escada quebra pescoço faz jus à sua altura).
Já a entrada superior está no Terrasse Dufferin, bem em frente do grandioso Hotel Château Frontenac.
Assim que chegamos a rue du Petit-Champlain levamos um tempo para fechar a boca e forçar os olhos arregalados a prestarem atenção no caminho à nossa frente antes que trombássemos em alguém. Cada fachada das casas arranca suspiros. Dá vontade de ficar ali, só olhando, mas temos que nos lembrar de tirar fotos também, ou como ilustraríamos os posts não é mesmo?
As casas eram de artesãos franceses que se fixaram na região em 1680, mas, no século 19, foram ocupadas por estivadores irlandeses. Atualmente, são ocupadas por lojas de roupas, artesanatos e souvenirs, além de alguns restaurantes e bistrôs.
Nós fomos até o Maison Historique Chevalier, uma casa do período francês (1752) onde funciona o Centro de Interpretação da Vida Urbana da Cidade de Quebec. Há uma apresentação multimídia chamada “Old Quebec in 3D” em que é apresentada a história da antiga Québec, desde a era glacial até os dias atuais. No segundo andar, há uma exposição dos interiores das casas do século 19. A entrada é gratuita.
Seguindo pela rue Notre Dame, chegamos à Place Royale. A praça restaurada nos remete ao século 18 com as casas de paredes de pedras arredondadas. No centro da Place Royale há um busto de Luís XIV e, em uma das laterais, encontramos a Igreja Notre-Dame-des-Victoires.
Em frente a Place Royale há uma entrada para banheiros públicos.
O Musée de la Place Royale é outra opção turística em Québec, mas não chegamos a visitar. A critério de informação, o “Facing Champlain: a work in three dimensions” traz a história do fundador da cidade, Samuel de Champlain, e conta a história da Nova França e da Place Royale através de seus habitantes. Há também uma maquete da cidade de Quebec nos anos de 1635.
Não deixe de seguir pela rue Notre Dame até o Parc de la Cetière para admirar o grande painel 3D pintado na fachada de um edifício. Rende boas fotos e muita diversão para as crianças.
Nós chegamos a tentar conhecer o museu mais popular de Québec, o Musée de la Civilisation, mas estava fechado. É outra atração turística de Québec bastante procurada e que parece bem interessante, com exposições interativas que mostram a cultura local.
Como os meninos já estavam muito cansados e o sol começava a se despedir deixando um frio cada vez mais incômodo, não seguimos caminhando para o Vieux-Port, onde fica o antigo porto de Québec e que oferece um bom passeio à beira do rio Saint-Laurent. É lá que se encontra o Marché du Vieux-Port, o mercado público de Québec.
Era hora de encarar a Escalier Casse-Cou porque também queríamos ter a experiência de percorrê-la (mas descer teria sido a escolha mais inteligente, certo? Pois é!).
Deixamos para trás o passado marcado em cada pedra da Old Québec e fixado também em nossos corações, levando boas lembranças desta cidade charmosa, peculiar e histórica que nos conquistou.
*Agradecemos o Turisme Québec por todo apoio prestado durante nossa viagem.
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