Quando se fala em Chicago, uma das primeiras imagens que vem à mente é aquele grande feijão prateado, o Cloud Gate. E não é que parece um feijão mesmo. Tanto que é mais conhecido pelo seu apelido, The Bean (o feijão, em inglês).
Com 110 tonelada, essa escultura da artista Anish Kapoor é formada por placas de aço inoxidável e foi inspirada no estado líquido do mercúrio. Sua superfície funciona como um espelho curvo que reflete o panorama distorcido da cidade e garante fotos únicas. Não é para menos que os turistas se aglomeram em volta do Cloud Gate em busca daquele melhor ângulo ou da foto mais divertida e inusitada. Caretas, poses, selfies, malabarismos, tentativas românticas ou simplesmente a captação daquele momento único, tudo está presente num rápido rolar de olhos pelo local. Nós não fomos diferentes!
Impressionante como uma simples escultura garante tanto entretenimento, e gratuito, não podemos deixar de frisar, atraindo milhares de turistas do mundo inteiro. O poder da criatividade…
A parte inferior, a superfície côncava da escultura, chamada Omphalos, oferece uma perspectiva diferente, multiplicando infinitamente as imagens refletidas.
Mas não é só o The Bean que faz do Millennium Park uma das melhores opções de passeio ao ar livre (sim, mesmo no inverno) em Chicago. E por falar em inverno, essa é a melhor época para treinar aquelas habilidades sobre os patins. No parque, bem em frente ao Cloud Gate, há uma pista de patinação no gelo, o McCormick Tribune Ice Rink, que ocupa exatamente a McCormick Tribune Plaza, em frente ao Park Grill. O ringue costuma funcionar de meados de Novembro a princípio de Março (variável) e tem entrada gratuita (quem não tem patins, paga o aluguel de 12U$). Uma hora antes da pista abrir nas sextas, sábados e domingos, ainda é possível pegar umas aulinhas grátis de patinação para, digamos, aprimorar aquelas tais habilidades (ou não pagar muito mico quando a multidão de turistas se aglomera em volta da pista).
A poucos passos, está o Jay Pritzker Pavilion, projetado pelo arquiteto Frank Gehry e inaugurado em 2004. Esse anfiteatro ao ar livre com capacidade para 11.000 pessoas tem como destaque seu sistema de som e acústica, sendo palco para diversas apresentações artística e para o Grand Park Music Festival, um concerto de música clássica gratuito que ocorre durante o verão.
Não resistimos a uma caminhada pela diferente BP Pedestrian Bridge que, como o próprio nome sugere, é uma ponte para pedestres que liga o Millennium Park ao Maggie Daley Park, passando sobre a avenida Columbus Drive. Foi também projetada pelo arquiteto Frank Gehry e possui um trajeto em curva semelhante a uma cobra, com suas paredes formadas por placas sobrepostas de aço inoxidável. É mais do que uma simples ponte, é uma verdadeira obra de arte.
A Crown Fountain consiste de duas torres de vidro com 15 metros cada, onde são projetos vídeos dos rostos de moradores de Chicago. No verão, um jato d’água é lançado da torre dando a impressão de que está jorrando da boca das pessoas. Não vimos porque, no inverno, a fonte não funciona, mas as imagem nas torres permanecem.
Não rodamos mais no Millennium Park porque ainda íamos para o Skydeck. Mas outros pontos de interesse no Millennium Park são:
– Lurie Garden, um amplo jardim que funciona todos os dias das 6h às 23h. Acredito que seja mais bonito em outra estação que não no inverno.

Crédito: Center for Neighborhood Technology (Licença – CC BY-SA 2.0)
– Wrigley Square e Millennium Monument

Créditos: Bernt Rostad (Licença – CC BY 2.0)
The Loop é o distrito financeiro e a sede administrativa de Chicago. Caminhar pelas ruas é a melhor forma de conhecer a região, embora o que dá um toque diferente à paisagem sejam exatamente as linhas de metrô de superfície (trilhos suspensos que fazem curvas e circulam o Loop).
Também é um bom local para observar a arquitetura original de Chicago, uma das mais influentes no mundo e que faz as máquinas fotográficas enlouquecerem. Um incêndio de grandes proporções destruiu boa parte da cidade de Chicago no verão de 1871. Para reconstruí-la, contou-se com a ajuda de engenheiros e arquitetos de renome (fonte: Wikipedia).
A construção dos primeiros arranha-céus do mundo ocorreu em Chicago, criando, assim, novas técnicas de engenharia e estilos arquitetônicos que atraem muito além do que apenas curiosos e admiradores como nós turistas. Dessa forma, existem passeios de barco que oferecem tours guiados para quem quer aprender mais sobre a arquitetura da cidade, mas, infelizmente, não ocorrem durante o inverno. Nesse caso, exploramos a região a pé, enquanto nos encaminhávamos para o SkyDeck na Willis Tower.
Mas não é apenas olhando para cima que caminhamos pelo The Loop. Para descansar o pescoço, contamos com diversas obras de artes dos mais famosos artistas, espalhadas por várias ruas da região. Dentre alguns, podemos citar: Pablo Picasso, com a obra The Picasso; Marc Chagall e o seu As quatro estações (Four Seasons); Joan Miró com o Miss Chicago; Alexander Calder e a obra Calder`s Flamingo; Jean Dubuffet e o Monument with Standing Beast.
Para um roteiro de algumas obras de arte no centro de Chicago (com mapa e tudo), vejam este post do Viagens que Sonhamos, da Francine Agnoletto.
Para quem deseja ainda mais obras de artes, uma das atração de Chicago é o Art Institute of Chicago, localizado ao lado do Millennium Park, e que funciona diariamente das 10:30 às 17h (nas quintas-feiras até 20h, com entrada gratuita a partir das 17h). Faz parte do CityPASS Chicago, mas como estávamos viajando com crianças, acabamos optando pelo Adler Planetarium.
O roteiro completo dessa viagem de norte a sul dos EUA você encontra aqui.
(Facebook Twitter Instagram)______________________________________________
Posts relacionados:
Houston – algumas opções de passeios na cidade
Passeando por Indianápolis? Dicas de onde ir
Memphis – conhecendo Graceland, a casa do Elvis Presley