Dentre as diversas opções de turismo em Indianápolis, uma atração em especial é ponto de parada obrigatório para quem está viajando com crianças, o Children’s Museum, com o qual os meninos sonhavam desde que começamos os planejamentos dessa viagem. Eles só falavam em visitar o maior museu da criança do mundo, e estavam eufóricos. E não é exagero, o museu é enorme. São cinco andares repletos de atividades para a garotada. Sem dúvida, o melhor museu da criança que estivemos até hoje. Compensa, inclusive, um desvio na rota para quem não tem Indianápolis como destino principal, nem que seja apenas pelo museu.
O Colagem e o Falando de Viagem nos ajudaram muito nos planejamentos da visita ao Museu da Criança de Indianápolis.
Já pelo lado externo podemos ter noção das dimensões do museu. O grande prédio se destaca não apenas pelo tamanho ou pelo colorido, mas também pelos dinossauros que tentam entrar no museu ou dar aquela espiadinha no que ocorre lá dentro. Claro que isso já atiça a curiosidade e queremos também saber o que eles estão vendo por aquela janela.
Ao lado do museu, do outro lado da rua, há um espaçoso edifício garagem onde é possível estacionar gratuitamente. Depois é só atravessar uma passarela até a entrada do Children’s Museum, o que foi super importante no intenso frio que pegamos durante nossa visita a Indianápolis.
Quando chegamos ao hall de entrada do museu já ficamos impressionados. Somos recepcionados não apenas pelos rostos dos dinossauros (aqueles que vimos do lado de fora espiando o interior), mas também por um grande Bumblebee do filme Transformers.
Existem armários que foram super úteis já que fomos no inverno, pois conseguimos livrar as mãos dos casacos (ainda mais que os das crianças também acabam sempre sobrando para os pais carregarem). O valor do aluguel é 1,25U$, em moedas de 25 centavos, válido por tempo indeterminado. Foi um ótimo custo X benefício.
Passada a entrada do museu, estamos no Sunburst Atrium, onde temos, de um lado, a Praça de Alimentação, e do outro, a lojinha (que de -inha não tem nada). Passamos na loja apenas na saída e almoçamos no próprio museu, cuja comida, apesar de simples e básica, atendeu muito bem. Dentre as opções citamos: saladas, pizzas, massas, hambúrgueres, hot dogs.
Ainda no Atrium, temos o Relógio de Água e a descida do escorregador que vem do segundo andar até o primeiro.
Nós seguimos para a rampa que liga os cinco andares do museu e aproveitamos para observar a obra do artista Dale Chihuly, uma linda escultura de vidros coloridos chamada Fireworks of Glass, que fica no centro da rampa e vai até o teto do museu. No piso inferior, podemos ver a base da escultura e ainda tem uma diversão para a criançada que vou comentar daqui a pouco. Nós optamos por seguir direto para o último andar e fomos conhecendo o museu de cima para baixo.
No quarto piso fica o ScienceWorks, que as crianças adoraram. Já foi difícil tirá-los dessa primeira área do museu, e olha que ainda havia muito para conhecer. Essa parte é dedicada às ciências e encontramos muitas atividades interativas. Os meninos empacaram sem querer sair de uma setor de construção. Eram os operários…
Eu confesso que fiquei mais encantada com as casinhas (ou casarão) de bonecas, cheias de detalhes fofos. Dava vontade brincar!
Ainda nesse último andar encontramos o Carousel Wishes and Dreams com um grande carrossel que era pago à parte (custava 1U$). Como os meninos não se animam mais com carrossel, nem fomos. Eles preferiram ficar brincando nos espelhos que deformam as imagens.
No terceiro andar está o The Power of Children, que achei muito interessante apesar de não ter entretido muito meus filhos, já que a compreensão do inglês os atrapalhou. Mesmo assim, procuramos passar com eles em alguns pontos e contar as histórias daquelas crianças de uma forma mais geral. Essa área, inclusive, é recomendada para crianças maiores de 8 anos.
Encontramos vários painéis onde são contadas as histórias de três crianças que, de formas diferentes, enfrentaram intolerâncias e preconceitos. Uma delas é a já bem conhecida Anne Frank. Temos uma reprodução da casa em Amsterdã, exposição de fotos, artigos e textos que explicam como ela se escondeu dos Nazistas, foi encontrada e levada ao campo de concentração, além dos trechos de seu famoso diário.
Outra criança que tem sua história retratada é a Ruby, uma menina negra que durante os anos 50, período de grande segregação racial no sul dos EUA, enfrentou muita luta quando veio a frequentar uma escola para brancos. E, por fim, temos a história do Ryan, um menino que, em decorrência de uma doença, precisava receber transfusões de sangue e, numa delas, acabou contraindo o vírus HIV nos anos 80. Em decorrência, enfrentou muito preconceito na sua escola por parte dos colegas e professores, sendo obrigado a se mudar da pequena cidade em que morava no estado de Indiana. Ele faleceu devido à Aids, mas não sem antes chamar a atenção da mídia para sua luta contra o preconceito. É possível assistir a apresentações sobre as histórias dessas crianças em horários predeterminados.
Mas o terceiro piso não é apenas de assunto sério. Encontramos também o Playscape, um estilo de playground para crianças menores de 5 anos. Como os meus meninos já estavam fora dessa faixa etária, passamos apenas para espiar e seguimos para o segundo andar.
No segundo piso, o que os meninos mais curtiram foi o Take me there: China. Passaram bastante tempo explorando e conhecendo mais sobre a cultura e os costumes da China. A sessão é bem interessante. Primeiro, entramos num avião que nos “leva” até a China. Depois vamos passando por casas típicas de famílias chinesas, restaurantes com culinária chinesa como sushi, vários artefatos, louças, instrumentos musicais e até uma chance de aprender a escrever/desenhar a caligrafia do idioma.
Na área Big, Bad and Bizarre acabamos passando muito rapidamente e na InfoZone sequer chegamos a entrar.
Os meninos queriam curtir uma atração sazonal, o Jolly Doy’s Winter, uma exposição temporária trazendo as brincadeiras comuns no inverno como as guerras de bola de neve (que na verdade era algodão). Lá era possível tirar foto com o Papai Noel.
É desse andar que sai o escorregador para o primeiro piso. Havia uma fila considerável para descer, mas até que foi bem rápido. Os adultos também podem escorregar e claro que o marido não perdeu a chance.
De volta ao primeiro andar, aquele pelo qual entramos, fomos conhecer o Treasures of the Earth, que traz algumas peças do Egito, como a catacumba que as crianças tinham que montar, ou um quebra-cabeça 3D de soldados de Terracota. Os meninos gostaram muito de uma área que simula o fundo do mar onde colocavam uns balões de oxigênio (de espuma) nas costas e óculos de mergulhadores para brincarem de exploradores do oceano. O legal é a iluminação nesse local, que dá mesmo a sensação de que estamos dentro d’água.
Ao lado da praça de alimentação tem a entrada para o Dinosphere, que na verdade é uma rampa para a atração que fica no andar inferior (o subsolo). Essa sessão foi o maior sucesso com o Matheus e o Gabriel, que são sempre loucos pelos dinossauros. Existe uma área central com grandes fósseis de dinossauros, onde o céu é reproduzido e ocorrem tempestades regularmente. É muito bem feito! Ao redor, muitas atividades interativas para as crianças aprenderem mais sobre o período pré-histórico e sobre os dinossauros.
Os meninos se divertiram ao se vestirem de dinossauros e cavarem fósseis num tanque de areia. Além disso, existe um laboratório com janelas de vidros onde podemos ver paleontologistas trabalhando.
Pegando a saída do Dinosphere pelo andar inferior mesmo, passamos pelo All Aboard onde encontramos uma locomotiva, o Reuben Wells de 1890, além de vários trens em miniatura.
É ainda no andar inferior que se encontram o Lilly Teatre e o Planetarium, mas acabamos não conhecendo por falta de tempo.
Por fim, fomos para a parte que fica embaixo da escultura de vidro, onde podemos sentar (ou seria quase deitar), numa cadeira giratória e ficar observando a base do Fireworks of Glass. Até as crianças gostaram desse momento para relaxar. Tudo bem que o descanso não durou muito e logo foram construir suas próprias esculturas com peças de plástico coloridas que são muito semelhantes às de vidro da escultura. Confesso que tive que pegar para acreditar que não era vidro (claro que não era, afinal é um museu da criança, né?).
Nós chegamos ao museu no horário de abertura e só conseguimos sair quase no fechamento. Tem muita coisa para fazer e dá para ficar um dia inteirinho lá dentro com as crianças. Saímos um pouco antes porque queríamos ainda conhecer o Indianapolis Museum of Art que fica ali pertinho do Children’s Museum e tem entrada gratuita.
Acho que nem preciso dizer o quanto os meninos curtiram e se divertiram no Indianapolis Children’s Museum, certo? Tão pouco preciso reforçar que recomendamos, né?
O maior museu da criança do mundo fica aberto de terça a domingo, das 10 às 17h (segunda-feira é fechado no período de inverno).
O ingresso custa 19.50 U$ para adultos e 14.50 para crianças de 2 a 17 anos (menores de 2 anos é gratuito). Maiores de 60 anos pagam 18.50U$.
Para mais informações, visitem o site do Indionapolis Children’s Museum.
Localização: 3000 North Meridian Street, Indianapolis, IN 46208
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