No post anterior, falamos da nossa passagem por Savannah quando estávamos a caminho de Atlanta. Simplesmente nos apaixonamos por Atlanta. Achamos a cidade linda, espaçosa, organizada e com muitas opções de lazer, principalmente para quem quer um destino de viagem interessante para crianças. Atlanta é o lugar ideal para uma viagem em família. Inclusive, a colocamos entre nossas opções de residência num futuro, quem sabe…
Ficamos hospedados em Buckhead, um distrito de Atlanta.
O único problema que enfrentamos em Atlanta foi o frio intenso. Não fomos preparados para enfrentar as temperaturas tão baixas. E faz frio de verdade no inverno de Atlanta. Senti mais frio do que quando passamos Natal em Nova Iorque. Juro!!! Mas… tem um detalhe… não estávamos adequadamente vestidos e isso faz toda a diferença. Por isso, tivemos que comprar roupas térmicas e casacos para conseguir sobreviver aos três dias que passaríamos na cidade.
Nosso primeiro passeio em Atlanta foi o Fernbank Museum of Natural History, um museu de história natural. Ele nem estava nos planos iniciais de locais a visitar e só fomos porque era uma atração incluída no CityPASS. Acabou sendo uma agradável surpresa. Claro que nem de perto se compara ao American Museum of Natural History de Nova York, mas é um ótimo local para levar as crianças em Atlanta e certeza de diversão. Entretanto, o Fernbank é pequeno e poucas horas são suficientes para explorá-lo. Quer dizer, se conseguir tirar as crianças de lá, porque entretenimento para os pequenos é o que não falta. Mas vamos por partes.
O Fernbank Museum está localizado na 767 Clifton Road NE e funciona de segunda a sábado das 10h às 17h e domingos de 12h às 17h. Existem alguns combos de tickets, mas a admissão geral para o museu custa 18U$ adulto e 16U$ criança, sendo que menores de 2 anos não pagam. O estacionamento no local é gratuito. O museu tem cinema IMAX e ele não está incluído na admissão geral, sendo necessário pagar uma taxa extra. Para maiores informações sobre os preços do museu, link. Como estávamos usando o CityPASS, o IMAX estava incluído, ou seja, não pagamos a mais por isso. Porém, é preciso passar na bilheteria e apresentar o talão do CityPASS para escolher qual dos dois filmes exibidos deseja assistir, e em qual horário, e retirar o ticket específico para o cinema.
O museu tem três andares, sendo o Lobby no andar do meio (segundo andar).
Logo à esquerda da entrada fica o IMAX, que tem a maior tela de cinema de Atlanta. Estavam sendo exibidos dois filmes, que passam em horários diferentes na mesma sala. Um era sobre os pinguins e o outro sobre o Universo, mas esses filmes mudam constantemente. Como já havíamos assistido a dois filmes IMAX sobre o espaço no Kennedy Space Center, optamos pelo filme dos pinguins. Na verdade, entramos para conhecer, assistimos uns 10 minutos e desistimos. Os filmes são longos, com duração de cerca de 40 minutos, e os meninos estavam eufóricos para verem os dinossauros que já haviam avistado desde a entrada (até porque não tem como não ver, já que são enormes).
Descemos para o primeiro andar, onde enormes dinossauros ocupam o espaço central, o chamado The Great Hall.
Em volta do Great Hall, encontram-se as salas de exibições. Uma delas é destinada a exposições especiais e itinerantes, variando de um período para outro. Quando fomos, estava com uma exibição sobre a vida de Marco Polo.
Em outra sala menor, a The Star Gallery, passamos por uma reprodução de céu estrelado, onde as pessoas se deitam no chão acarpetado para contemplar as estrelas (que romântico!!).
A Star Gallery tem conexão com outra galeria chamada World of Shells, onde são expostos vários tipos de conchas do mar, de todas as cores e tamanhos.
Ainda no primeiro andar, existe uma lanchonete, The Fernbank Cafe, com algumas mesas e cadeiras onde as mães aproveitavam para dar lanchinhos para os filhos. Há também uma saída para a área externa, uma pequena varanda com vista para a floresta, o Fernbank Forest Overlook, que é muito bonito. Ali escondidinho encontramos outro dinossauro.
De volta para o segundo andar, que além do IMAX, da entrada e saída do museu e de uma lojinha, possui mais uma sala de exibição, A Walk Through Time in Georgia, que traz a história natural do estado da Geórgia, além da evolução do planeta. Passamos por 15 galerias com variedades de animais empalhados e plantas, reproduzindo os ambientes naturais, regiões geográficas e a evolução cronológica da Terra. Em uma das galerias, chamada Piedmont – que significa “ao pé da montanha” – encontramos as colinas ao redor das montanhas Apalaches, nas quais estão incluídas Atlanta, Elberton e Stone Mountain.
Já na galeria Appalachian Mountains, recria-se o outono nas montanhas Apalaches e no pico mais alto da Geórgia, o Tallulah Gorge.
Através da galeria Ridge and Valley, conhecemos o verão dessa região e alguns fósseis.
A galeria preferida dos meninos foi, claro, a Dinosaur Gallery, com alguns dinossauros em tamanho real.
Até um pântano foi reproduzido na Okefenokee Swap Gallery, na qual passamos por uma ponte de madeira sobre o pântano Okefenokee. Esse ambiente é bem legal e reproduz os sons dos animais, a iluminação e a atmosfera do pântano, além dos principais animais encontrados no local.
Por último, tem uma galeria voltada aos animais marítimos, a Coast and Barrier Islands, trazendo os habitats da costa de Geórgia. É tudo muito perfeito!!!
No terceiro e último andar, a sala que passamos mais rápido foi a Reflections of Culture. Trata-se de uma pequena sala com exposição de vários trajes, adereços e fotografias de diversas partes do mundo. O objetivo dessa galeria é mostrar como as identidades culturais são expressadas através do que as pessoas usam e vestem, caracterizando as diferenças e semelhanças entre as culturas do mundo. É uma sala bem interessante, mas não despertou muita atenção das crianças.
Os meninos acabaram curtindo mais a sala Sensing Nature, que era mais interativa, trazendo várias atividades para eles testarem seus sentidos. Essa sala me lembrou um pouco o Museu de Ciência e Tecnologia da PUC, em Porto Alegre. É uma galeria bem estimulante para as crianças e muito divertida.
A última sala de exposição, a Naturalist Center, o que mais agradou foi um cantinho para as crianças desenharem. Um funcionário entrega um desenho para a criança, que vai para uma das mesinhas, que contêm tesouras, giz de cera e canetinha hidrocor, para pintar o desenho e recortar. Depois de terminado, o funcionário faz uma montagem com clipes e canudos e o desenho “ganha vida”. Muito criativo!
Agora… as crianças podem até aprender bastante num museu assim, mas nenhum lugar diverte mais esses pequenos que os plaugrounds, não é? E claro que todo cantinho nos EUA tem um playground, nos parques, nas praças, nos zoológicos, etc. E por que não num museu? E no Fernbank não podia faltar. Só que era mais que um playground, era uma verdadeiro parque de diversão. Ainda bem que só fomos quase no final da visita, ou os meninos não iam querer sair dali.
O NatureQuest é uma grande sala com vários brinquedos para as crianças reproduzidos num ambiente de floresta. Tem árvore, pontes, mar e, em cada cantinho, há algo legal pras crianças explorarem. Os pais devem ficar junto com os filhos, não há monitores. O local era o mais cheio do museu, com muitas crianças e bebês. Difícil mesmo foi convencer o Matheus e o Gabriel a irem embora.
Nos corredores dos andares do museu, havia uma exposição de árvores de natal, representando vários países. Achamos a do Brasil, bem a la carnaval e futebol!
Sem dúvida, o Fernbank é um maravilhoso passeio com crianças em Atlanta. Talvez adultos sem filhos não achem muita graça. Fica evidente a preocupação do museu com os pequenos, sendo mais voltado realmente para eles. Acaba ficando fora do roteiro mais turístico de Atlanta e quase não encontramos turistas no Fernbank, sendo mais frequentado por moradores locais em um típico passeio familiar. Por outro lado, não fica muito cheio e é possível aproveitar com as crianças tranquilamente. Ficamos cerca de três horas no Fernbank e vimos tudo. Depois fomos para o Centennial Olympic Park, onde visitaríamos a CNN e a Coca-Cola, dos quais falaremos no próximo post.
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Passei muito rápido por Atlanta, é bom saber que a cidade nos reserva boas surpresas.