Fazer um Cruzeiro da Disney com criança é tudo que os pais desejam nas férias. Além de proporcionar momentos maravilhosos e divertidos aos filhos e à família, ainda podem ter o descanso tão merecido. A programação de entretenimento no Disney Dream é muito variada e para todas as idades. Como nossa experiência foi com crianças, vou entrar em mais detalhes nas atividades que os meus filhos mais gostaram no Disney Dream.
Na maior parte do tempo, procurávamos aproveitar o cruzeiro juntos. Para isso, nada melhor que as piscinas no Deck 11.
Os meninos adoraram a Mickey’s Pool, mas me surpreendi no quanto eles gostaram de brincar do Nemo’s Reef, que é um playground temático e com jatos d’água mais voltado para as crianças pequenas que ainda usam fralda e não podem usar as piscinas conforme as leis americanas. Mas o Matheus e o Gabriel se esbaldaram tanto no Nemo’s Reef que não queriam mais sair dali.
As piscinas para famílias não são rasinhas a ponto das crianças pequenas alcançarem o fundo. Eu não havia levado qualquer boia para os meninos, mas nem precisava. Em volta das piscinas, encontramos coletes próprios para crianças e em diversos tamanhos. É só pegar e colocar nos pequenos. Então, nada de ficar enchendo as malas com boias desnecessárias.
As crianças também adoraram o Mickey’s Pool Slide, um tobogã em formato da mão do Mickey. Indicado para crianças entre 96cm e 1,64m de altura, nem sei dizer quantas vezes o Gabriel e o Matheus desceram naquilo. Fiquei meio intrigada porque as crianças sobem sozinhas e eu só via salva-vidas na parte debaixo, de forma que me perguntava como controlavam as crianças para não descerem uma em cima da outra e acabarem se machucando. Os meninos que me deram a resposta… “tem um sinal, mamãe”. Ao final da escada, tem um sinal que fica verde e vermelho. Enquanto está vermelho, a próxima criança a descer tem que esperar. Quando fica verde, ela pode sentar no tobogã e escorregar. E todas obedecem! Incrível. Será que funcionaria nos nossos parques aquáticos???
O AquaDuck é outro tobogã, mas apenas para crianças maiores de 1,37m, ou maiores que 1,06m acompanhadas (elas recebem uma pulseirinha de identificação de que não podem ir no AquaDuck sozinhas). O controle é feito por um salva-vidas que fica na entrada no AquaDuck, no deck 12. Nós fomos apenas uma vez, porque faz uma fila considerável. Aproveitamos o dia de parada em Nassau para experimentar. É legal, mas nada de muito diferente. É tão rápido que mal dá para ver a paisagem. Não nos animamos a ponto de enfrentar a fila para repetir.
Uma brincadeira que os meninos ficaram enlouquecidos foi o Detective Agency. Trata-se de um jogo eletrônico de detetive que percorre o navio inteiro. Apesar de cansar e gastar um bom tempo (pode reservar uns 30 minutos, no mínimo, e desde que se ande rápido), é divertido e uma boa opção para conhecer o Disney Dream brincando. No Deck 5, próximo ao corredor que vai para o Oceaneer, fica a estação central, uma escrivaninha (perto dos elevadores tem outra), onde ficam os mapas, as cartas com o código do seu mistério e os lápis.
Nessa estação, é explicado o funcionamento do jogo. É preciso ter um pouco de domínio do inglês, mas a explicação é ilustrada, o que torna mais fácil compreender.
Primeiro, deve-se escolher um dos dois mistérios, o desaparecimento dos cachorrinhos dálmatas ou o roubo das obras de arte.
Escolhido o mistério, pega-se a carta e alinha com a imagem na tela. A partir daí, essa será sua carta para o jogo a fim de receber as outras pistas espalhadas pelo navio (já explico). Quando o computador registra o código da carta, você recebe um número de detetive. É só ir seguindo as instruções para habilitar o jogo.
Feito o registro, pega-se o mapa e o lápis e é hora de sair atrás das pistas para desvendar o mistério. No mapa, vem a localização dos quadros que fazem parte do jogo. Na verdade, parecem quadros, mas são na verdade telas LCD. Elas ficam espalhadas por todos os decks do navio.
Ao encontrar um desses quadros, deve-se alinhar a carta para que a tela identifique o seu código e te dê a pista do seu mistério. O resto é um jogo de eliminação, pois no próprio mapa vem os possíveis responsáveis e algumas características deles. De acordo com a pista dada no quadro, é possível ir eliminando os suspeitos até identificar quem é o culpado. É tudo falado e escrito em inglês (não tinha opção em espanhol), então exige certo domínio do idioma.
No fim, o mistério é solucionado. É bem divertido! Vi muitos adultos brincando sem crianças. É como jogar Detetive, aquele de tabuleiro, mas de forma dinâmica e interativa.
Mas o local que foi paixão à primeira vista com os meus meninos (e papai e mamãe também amaram!!!) foi o clubinho infantil. Na verdade, são dois clubes interligados localizados no Deck 5, onde as crianças de 3 a 12 anos podem brincar sem a presença dos pais. No Open House, logo no dia do embarque, os pais podem entrar para conhecer o espaço, tirar fotos e brincar com os filhos. Nesse momento, ainda não pode deixar as crianças, pois não há controle na entrada. Depois, com exceção de alguns períodos curtos de Open House nos outros dias do cruzeiro, os pais não podem mais permanecer dentro dos clubes e entram apenas para buscar as crianças rapidamente.
A primeira coisa a fazer é registrar a criança nos clubes infantis. Esse cadastro já pode ser feito online, antes do embarque. Nesse momento, tem que definir uma senha, que será utilizada para retirar a criança dos clubinhos, e quem pode retirar a criança durante o cruzeiro. Não deu para fazer o cadastro online? Sem problema. O bom de fazer antecipado é apenas agilizar o processo, mas pode ser feito também no Terminal de Embarque (que tinha fila) ou na própria entrada do Oceaneer Club dentro do navio. Mesmo que tenha realizado o cadastro online, tem que fazer o check-in da criança no clube infantil para confirmar a senha e pegar a pulseira, a Mickey Band. Essa pulseira é bem feinha e grande, mas os meninos não chegaram a se queixar de estar incomodando. Os monitores do Oceaneer a colocam no braço da criança e explicam que pode molhar e usar o tempo todo se quiser. Se não, pode cortar a fita que prende o aparelho, mas atentando para guardá-lo, pois se perder, será cobrado. Eu deixei os meninos bem à vontade para caso quisessem retirar, mas acabaram ficando os 3 dias com a pulseira direto no braço. Na última noite do cruzeiro, a Mickey Band deve ser devolvida no Oceaneer Club ou no Oceaneer Lab até meia noite.
Na hora de deixar a criança, é só se dirigir para entrada de um dos clubinhos, tanto faz se o Oceaneer Club ou o Oceaneer Lab, e apresentar o Key to the World, o Cartão Chave da Cabine. O monitor passa o cartão no computador, identifica o adulto pela foto que aparece (daquela foto tirada na hora do Check-in no Terminal de Embarque) e passa a pulseira da criança no sensor que fica ao lado da roleta. E bye bye filho. Bem na entrada, ficam umas máquinas para as crianças lavarem as mãos e que parecem coisa de outro mundo. Basta colocar as mãos no “buraco” e sai o jato de água. Queria um desses para colocar em casa e não ter que ficar toda hora “lavou as mãos, Gabriel?”, “lavou as mãos direito, Matheus?”.
Oceaneer Club
No centro do clube fica a Rotunda Central, uma área grande onde ocorrem as atividades supervisionadas direcionadas às crianças, como brincadeiras, jogos, leitura de histórias e encontro com personagens.
A Rotunda é formada por um tablado com vários quadrados que são iluminados, piscam e mudam de cor. Também tem uma tela plasma de 103 polegadas onde as crianças podem assistir a filmes ou interagir com personagens virtualmente.
Em volta desse tablado luminoso ficam as quatro salas temáticas:
# Andy`s Room
É como estar dentro do filme Toy Store. Com todos os brinquedos principais do quarto do Andy, a garotada se diverte nesse espaço colorido. O mais divertido é o grande Sr Batata, no qual as crianças trocam as peças do seu rosto, mas aqui é tudo gigante (ou será que nós que encolhemos?). Tudo ao redor é em grande escala e proporciona um playground descontraído que agrada desde os mais novinho até as crianças maiores (e os adultos também, devo confessar!)
# Pixie Hollow
Sala inspirada no desenho da Tinker Bell, sendo um belo jardim interativo. Alguns computadores com jogos em um canto, uma árvore enorme com folhas que brilham e bancos em volta para atividades de desenho e pintura, além de um armário com algumas fantasias para as crianças vestirem.
# Explorer Pod
Um submarino no tema do Procurando Nemo é a sala mais central do Oceaneer Club. No interior, 16 computadores com jogos virtuais individuais ou em grupos. Os meninos gostaram de um periscópio que eles diziam que dava para ver o lado de fora. Eu duvidei! Mas não duvide da Disney. Eles pensam nos mínimos detalhes e nunca que iam colocar um periscópio ali para não se ver nada. Realmente tem-se uma visão da área externa. O que eu não consegui chegar a uma conclusão é se a vista é em tempo real ou gravada, já que era exatamente de Port Canaveral enquanto ainda estávamos no embarque e depois não voltei mais para ver se a imagem havia mudado.
# Monsters Academy
No tema dos Monstros S.A., nessa sala fica um grande playground de Monstrópolis, além de jogos eletrônicos.
Ao final do Oceaneer Club, tem uma grande sala com várias mesas e cadeiras que parece uma escolinha de educação infantil. Essa sala serve de ligação entre os clubinhos, além de ser um local para atividades diversas de arte, laboratório de ciências interativo e habilidades culinárias. Em alguns momentos, essa passagem fica fechada para as crianças, mantendo-as de um lado ou de outro. Isso ocorre quando um dos clubes está em horário de Open House e o outro não, ou quando o Oceaneer Club encerra suas atividades, sendo que o Oceaneer Lab fica até mais tarde.
As crianças podem jantar e almoçar no Clube, mas não testei, pois os meninos sempre faziam as refeições conosco. No jantar, alguns monitores dos clubes vêm buscar as crianças que estão jantando com os pais para levá-las para os clubes e deixarem os pais terminarem as refeições com tranquilidade. Também não tenho como opinar, pois sempre levávamos os meninos nós mesmos para o Oceaneer.
Oceaneer Lab
Apesar de ser indicado para a mesma faixa etária do Oceaneer Club, o Lab acaba tendo mais atrativos para as crianças um pouco maiores. Meus filhos acabavam ficando mais no Lab, pois havia mais jogos eletrônicos.
A organização é a mesma do Club, com um tablado luminoso no centro, onde ocorrem as atividades supervisionadas, além de uma grande tela plasma e alguns jogos eletrônicos.
Em volta desse palco, ficam os espaços temáticos:
# Media Roon
Vários puffs numa sala de TV onde as crianças podem assistir a filmes, jogar vídeo game ou ler livrinhos.
# Animator’s Studio
Onde as crianças podem esboçar seus personagens Disney preferidos e dar vida a eles no computador.
# Explorer Room
Uma sala com várias telas LCD e lemes de barco onde a garotada participa de jogos do Piratas do Caribe exclusivos do Disney Cruise Line.
# Sound Studio
Quando estava em Open House e pude entrar no Lab, essa sala estava em manutenção, de forma que não sei bem como funciona, mas sei que tem algo a ver com criação de música como o próprio nome sugere.
# Craft Studio
Um estúdio criativo para desenho e artesanato.
Tudo é absolutamente organizado, limpo e lindo até os últimos detalhes. Até os banheiros são um charme. Não é à toa que as crianças não querem sair de lá. Em alguns momentos tivemos que arrastar os meninos para curtirem outras coisas no navio.
Na hora de retirar as crianças do clubinho, há um processo de segurança. Primeiro, tem que apresentar o cartão da cabine. Então identificam a foto e informam se a criança está no Club ou no Lab (conseguiam dizer exatamente onde a criança estava pela pulseira em seu pulso). O responsável recebe um crachá e entra no clubinho, seja o Lab, seja o Club. Encontra a criança e retorna para a entrada, devolve o crachá, passa a pulseira da criança no sensor e diz a senha de segurança. Aí sim, pode levar seu filho. Achei seguro e eles eram bem criteriosos. Nada de jeitinho. Vi isso numa hora que estava esperando do lado de fora enquanto meu marido entrou para buscar os meninos. Uma mulher foi buscar a filha e quis levar a amiguinha da menina que devia ser do mesmo grupo de viagem dela. Identificaram que não era a responsável pela outra criança e não deixaram sair. Não era criança pequena, devia ter mais de 10 anos, mas como no cadastro dessa menina estava descrito quem podia retirar a criança, ela não foi autorizada a sair com a outra moça. Pelo que entendi da conversa, a filha dessa moça estava autorizada a sair sozinha, mas a outra menina não e era isso que o monitor tentava explicar e dizia que os responsáveis autorizados no cadastro tinham que vir pessoalmente buscar a menina. Não adiantou o quanto a mulher tentou argumentar, a criança não saiu. Muito Bom!
Um dos meus medos era deixar os meninos nos clubinhos e eles terem dificuldade de comunicação por causa do inglês. A primeira coisa que perguntei quando fomos fazer o Check-in deles foi se havia algum monitor brasileiro. Não havia um, e sim três brasileiros, um no Club e dois no Lab. Os meninos ficaram muito à vontade, sabiam a quem procurar se fosse preciso, encontraram outros amiguinhos brasileiros lá dentro e se viraram com os tantos idiomas que se falava dentro daquele navio. O bom de criança é isso, a capacidade de adaptação. Nós ficávamos com os celulares que eram deixados nas cabines e qualquer problema os monitores entravam em contato. Não tenho do que reclamar do sistema e da sensação de segurança que oferecem aos pais. Tanto que no dia de parada em Nassau, os meninos não quiseram descer, preferindo ficar nos clubinhos. Sequer sabia se estariam funcionando enquanto o navio estivesse ancorado, mas quando fomos nos informar, o funcionamento era normal, sem Open House, e os monitores já perguntavam se os pais iam descer em Nassau e que horas pretendiam voltar ao navio.
E é sobre nosso dia em Nassau o assunto do próximo post…
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– Cruzeiro da Disney – Conhecendo o Disney Dream
– Cruzeiro da Disney (Disney Dream) – Restaurantes
– Cruzeiro da Disney – Programação de entretenimento no Disney Dream
– Cruzeiro da Disney (Disney Dream) – Nassau, Bahamas
– Cruzeiro da Disney (Disney Dream) – Castaway Cay, a ilha privativa da Disney
– Cruzeiro da Disney – Desembarque do Disney Dream
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