Como não podia dizer que morei 2 anos em Macapá e não conheci o Oiapoque, que “dizem” ser onde começa o Brasil (isso depende do ponto de vista, mas tudo bem, sem polêmicas), fizemos essa viagem aventura.
O nome Oiapoque tem origem tupi e significa “casa dos Uayãpis” ou “casa dos guerreiros”. O município de Oiapoque é a referência nacional para determinar o ponto do extremo norte do Brasil. É banhado pelo rio Oiapoque que foi estabelecido pelo tratado de Utrecht em 1713 como o limite entre Brasil e França. O Oiapoque fica a uma distância de 600 km de Macapá, a capital do estado do Amapá. Grande parte da estrada é asfaltada, mas um trecho de 120 km de estrada de chão, esburacada e ainda mais complicada durante o longo período de chuvas, dificulta o acesso ao município. A duração da viagem como um todo leva, aproximadamente, oito horas, sendo três só no trecho sem asfalto da BR 156.
Seguindo pela BR 156, o primeiro ponto de parada é no município de Tartarugalzinho, a 200 km de Macapá. Aproveitamos para completar o tanque do carro e desabastecer a bexiga porque não há tantas opções pelo caminho a não ser mato e mais mato.
A última parada antes da estrada de chão fica próximo à entrada do município de Calçoene. Depois é só barro vermelho e mato…
Passamos por várias aldeias indígenas.
A ponte que liga o Brasil a Guiana Francesa está prontinha, já foi inaugurada umas três vezes, mas ainda não está funcionando porque falta o Brasil cumprir sua parte no acordo, ou seja, terminar de asfaltar a BR de Macapá ao Oiapoque e construir as instalações alfandegárias.
Ficamos em Clevelândia do Norte, onde fica a Companhia Especial de Fronteira (CEF) do Comando de Fronteira Amapá e 34º Batalhão de Infantaria de Selva (Cmdo Fron AP/34º BIS), única Organização Militar do Exército Brasileiro no Amapá. Clevelândia foi inaugurada oficialmente em 1922 e recebeu esse nome em homenagem ao presidente dos EUA, Grove Cleveland.
Aqui, não pega sinal de internet. Sinal de celular só se for da OI e na beira do rio (com muito esforço).
Fizemos um passeio de barco pelo rio Oiapoque e fomos até Saint George na Guiana Francesa. Apesar de não ser necessário visto para ir para França, é preciso para entrar na Guiana Francesa (território ultramarino da França). O visto custa 150,00 R$ e é retirado na embaixada em Macapá em poucos dias. Porém, é permitido aos brasileiros ficar apenas na parte inicial da cidade de Saint George sem visto. Quem quiser conhecer mais, ou seguir até a capital Caiena, o visto é obrigatório.
Existem dois mercadinhos que os brasileiros costumam fazer algumas compras. Mas são mercadinhos mesmo, bem simples. O preço das bebidas (vinho, whisky) foi a única coisa que vi valer a pena. A moeda é o Euro.

Cachoeira Gran Rochele
Bom, valeu o passeio para conhecer.
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Adorei as fotos!
Saudade de um passeio assim!;)
Bjss
Quer voltar pra Corumbá?? kkkk